O planejamento financeiro deve ser usado por todas as pessoas e empresas. Isso porque ajuda a alcançar as metas e os objetivos traçados. Com uma conta compartilhada e outras boas dicas de gerenciamento do dinheiro, o planejamento financeiro familiar é mais eficiente.
Já aconteceu do mês ser mais longo do que o seu salário? É bem possível que sim. Afinal, há um número elevado de endividados no país — e tudo isso é reflexo da falta de planejamento financeiro. Aliás, os meses de março e agosto são notavelmente longos na percepção da maioria das pessoas.
Para ter uma ideia, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) relativa a junho de 2022 mostrou que 77,3% das famílias brasileiras têm alguma dívida. Dentre elas, estão financiamentos, empréstimos e parcelamentos no cartão de crédito ou carnês de lojas.
Apesar desse número ser preocupante, é possível resolver esse problema na sua casa. Basta fazer o planejamento financeiro familiar da forma correta. Para ajudar nesse processo, trazemos algumas dicas práticas neste artigo. Veja o que abordaremos:
- O que é o planejamento financeiro?
- Quais são os 4 pontos do planejamento financeiro?
- Qual a sua importância?
- Como fazer o planejamento financeiro familiar?
Continue lendo!
O que é o planejamento financeiro?
O planejamento financeiro é a prática de organizar e controlar o seu dinheiro. Por meio dele, é possível atingir seus objetivos, realizar sonhos e construir um patrimônio. Ao mesmo tempo, garante um futuro mais tranquilo.
Na prática, a ideia é fazer uma gestão adequada dos seus recursos financeiros por meio de uma visão abrangente do seu orçamento. Ou seja, você mapeia gastos e ganhos para saber exatamente:
- Quanto ganha;
- Quanto gasta;
- Qual é a categoria que mais impacta seu orçamento.
A partir disso, você traça estratégias que ajudem a ter um uso mais consciente do seu dinheiro. Por exemplo, se perceber que está comprometendo muito seu orçamento com a TV a cabo, pode pensar em um serviço de streaming.
Se verificar que não pode mais pagar a academia, consegue trocar por exercícios ao ar livre. Também identifica quanto gasta com as idas a restaurantes. Dessa forma, consegue se controlar e criar uma rotina mais financeiramente saudável.
Tipos de planejamento financeiro
Apesar do conceito ser sempre o mesmo, existem diferentes tipos de planejamento financeiro. Vale a pena conhecê-los para saber como e quando aplicá-los. Veja:
- Planejamento financeiro pessoal: é elaborado somente para você. Portanto, você é a única pessoa a ter renda e gastar;
- Planejamento financeiro familiar: vale para toda a família, ou seja, quando envolve duas ou mais pessoas. É o caso de um casal, mãe/pai com filhos, irmãos que dividem a casa etc.;
- Planejamento financeiro de uma empresa: é específico para negócios. É bastante parecido ao tipo pessoal, mas foca no controle das finanças para identificar lucro, prejuízo e alcance de metas.
De modo geral, todos os tipos de planejamento financeiro são colocados em prática da mesma forma. Por isso, as dicas que trazemos neste post são aplicadas a diferentes contextos. No entanto, nosso foco é o familiar.
Qual a importância de um planejamento financeiro familiar?
O principal motivo para fazer um planejamento financeiro a curto prazo ou mesmo para um período maior é entender como estão as suas finanças. O objetivo é identificar a situação atual e ver oportunidades de melhoria para evitar dívidas e formar seu patrimônio.
Além disso, essa prática garante uma boa gestão do seu orçamento. Isso significa eliminar gastos desnecessários, aumentar a quantia que você poupa todo mês e ter uma reserva para começar a investir.
Isso até interfere na sua qualidade de vida e na sua saúde. Pelo menos, foi o que identificou uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (Isma-Br).
Conforme o estudo, 78% dos brasileiros dizem que sua principal preocupação é a incerteza financeira. Essa situação gera um estresse crônico que desequilibra os hormônios. O resultado é a elevação dos riscos para doenças cardiovasculares e até de morte.
Portanto, essa é uma questão que vai muito além de evitar as dívidas. Ao mesmo tempo, é a chance de conquistar os seus objetivos e ter uma vida — especialmente, no futuro — mais tranquila.
Quais os 4 pontos do planejamento financeiro?
Para saber como fazer seu planejamento financeiro, você deve ter atenção a 4 pontos principais. Eles já fazem parte da elaboração da sua estratégia. No entanto, são tratados de forma separada por serem fundamentais para a sua realidade.
A seguir, mostraremos quais são eles e para que servem. Assim, você consegue se preparar para colocar as suas finanças em dia tanto no curto quanto no longo prazo. Confira!
1. Formação de uma reserva de emergência
O primeiro aspecto é ter uma quantia guardada para usar em situações de imprevisto. É esse dinheiro que evitará o endividamento. Isso porque servirá para qualquer momento não previsto. Por isso, serve para cobrir as despesas em caso de desemprego, pagar um tratamento médico, fazer uma viagem inesperada e mais.
2. Diversificação dos seus investimentos
O grande propósito do planejamento financeiro familiar é garantir o seu futuro. Para isso, é necessário começar a investir e pensar na diversificação. Basicamente, a ideia é aplicar em diferentes opções para aumentar o seu potencial de ganhos e reduzir a chance de prejuízos. Vale a pena reforçar que isso depende de iniciar a sua educação financeira.
3. Busca de planos de previdência
Os planos de previdência são os investimentos recomendados para formar a sua aposentadoria. Você pode optar por outras alternativas, mas essa é mais indicada para quem deseja fazer um planejamento financeiro a longo prazo.
Por isso, vale a pena pesquisar as opções. De modo geral, elas são:
- Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): tem a vantagem de garantir a dedução de até 12% da renda tributável no Imposto de Renda (IR) ao longo dos anos. No resgate, a tributação incide sobre todo o valor acumulado;
- Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): não oferece vantagem na declaração do IR, mas permite pagar a tributação somente sobre o lucro no momento do resgate.
4. Proteja seu patrimônio
É importante evitar riscos desnecessários. Portanto, além de estudar sobre o mercado financeiro, vale a pena conhecer algumas dicas para evitar problemas com o seu patrimônio. Por exemplo:
- Investir parte do seu patrimônio e sua reserva de emergência em ativos conservadores, como o Tesouro Direto;
- Aplicar o restante do dinheiro em investimentos mais arriscados, como ações;
- Atentar ao seu perfil de investidor, que é apresentado sempre que você faz o chamado teste de suitability. Ele é aplicado por corretoras de valores na hora de fazer o seu cadastro;
- Dividir as contas com outras pessoas que têm renda na sua casa. Assim, você evita que o seu dinheiro seja gasto com itens desnecessários.
Como fazer o planejamento financeiro?
Agora que você entendeu o que é o planejamento financeiro familiar e como é importante para sua vida, está na hora de saber como colocá-lo em prática. A seguir, traremos dicas úteis que ajudarão a alcançar esse objetivo. Acompanhe!
1. Organize o seu controle financeiro
Comece listando tudo o que ganha e gasta ao longo do mês. Isso deve ser feito em uma planilha ou app financeiro, porque ajudará a entender qual é sua renda, suas dívidas atuais, suas despesas fixas e variáveis, seus investimentos e mais.
Ao mesmo tempo, essa é uma forma de saber quanto você paga todos os meses de contas e de que forma a divisão de despesas é feita na sua família. Assim, é possível verificar quais são seus gastos supérfluos e que podem ser reduzidos.
Além disso, identifica as suas dívidas, já que todos os valores das parcelas devem ser lançados para ter uma visão clara do comprometimento da sua renda.
2. Ajuste seu padrão de vida ao seu orçamento familiar
Após a realização do diagnóstico, está na hora de você ver o que precisa ajustar no seu orçamento. O foco é reduzir os gastos e estabelecer limites para cada categoria de gastos. Por exemplo, alimentação, lazer, transporte etc.
Nesse momento, você pode contar com métodos de organização. Um dos mais usados é o 50-30-20. O objetivo é dividir seu orçamento da seguinte forma:
- 50% para necessidades básicas, como pagamento de contas de água e luz, e compra de alimentos;
- 30% para estilo de vida, ou seja, para pagar academia, ir a restaurantes, fazer compras de roupas, passear etc.;
- 20% para pagamento de dívidas e, se possível, realização de investimentos.
Esses percentuais são apenas uma recomendação. Por exemplo, você pode deixar mais de 20% para pagar dívidas e investir — isso é indicado, inclusive. No entanto, é importante evitar que os seus gastos com necessidades básicas e, especialmente, estilo de vida ultrapassem esse índice.
3. Quite todas as dívidas
Aqui, a dica é pagar tudo o que for possível o quanto antes. O ideal é antecipar parcelas. Dessa forma, você solicita ao credor o recálculo dos juros. Em outras palavras, consegue pagar menos taxas extras.
Para saber qual é a realidade das dívidas agora, faça um levantamento de todos os empréstimos, financiamentos, parcelamentos etc. que tem. Então, confira quanto paga de Custo Efetivo Total (CET) em cada um deles. Isso é o que realmente vale, porque inclui juros e outros encargos.
Em seguida, verifique a possibilidade de diminuir os juros em um acordo com o banco ou contratando um empréstimo mais barato. Por exemplo, você pode obter um crédito consignado, que tem uma das taxas de juros mais baixas do mercado, e pagar todas as dívidas atuais à vista, ficando apenas com esse débito em aberto.
No entanto, sempre veja a possibilidade de quitar as dívidas à vista. Na negociação com o banco, faça uma oferta de uma quantia que pode pagar. Assim, é possível se livrar delas aos poucos, pagando menos e sem contrair outros empréstimos.
4. Tenha uma renda extra e economize dinheiro
A melhor forma de equilibrar o seu orçamento é conseguir uma renda extra e economizar. No primeiro caso, você realiza alguma atividade nas horas vagas que traga algum retorno financeiro. Por exemplo, vendas de produtos, tradução e revisão de textos, diagramação de materiais, divulgação de infoprodutos como afiliado etc.
Ao mesmo tempo, é importante encontrar formas de economizar. Para isso, busque definir limites no orçamento, ater-se a eles e evitar os chamados custos invisíveis. Dentre eles, estão as taxas bancárias e a anuidade do cartão de crédito. Se pagar esses valores, negocie com a instituição financeira e tente eliminá-los.
5. Crie metas
É importante saber onde se deseja chegar para ter disciplina com as finanças. Por isso, as metas fazem parte do planejamento financeiro pessoal, familiar, de curto ou de longo prazo. Afinal, todo mundo tem seus sonhos e objetivos a perseguir, certo?
Nesse momento, é importante definir o que você realmente quer alcançar. Por exemplo, uma casa própria, um carro novo, aposentar-se aos 60 anos e mais.Em seguida, divida esses objetivos em metas.
Se você quer comprar um imóvel, por exemplo, algumas metas são:
- Ter uma reserva de emergência;
- Guardar dinheiro para a entrada;
- Identificar o valor médio do imóvel que será comprado;
- Procurar a casa ou o apartamento desejado;
- Organizar o orçamento para pagar o financiamento bancário e as taxas de compra da propriedade.
Todas essas metas devem ter um prazo para alcance. Isso permite que você saiba exatamente o que quer, quando atingirá os seus propósitos e o que precisa fazer para chegar lá.
6. Acompanhe o seu orçamento
Ao longo do mês, é fundamental saber se você está seguindo o que se propôs a fazer. A ideia é saber se você está realmente cumprindo os limites de gastos, economizando o que é necessário, entre outros.
Por isso, acompanhe sempre seu orçamento para identificar problemas e fazer ajustes. Se cometer erros, tente compensá-los nos próximos dias até que tudo esteja de volta aos trilhos. Lembre-se: a mudança pode ser difícil no começo, mas é possível colocá-la em prática.
7. Tenha uma conta compartilhada
No planejamento financeiro familiar, é essencial que todos contribuam da forma que puderem. Portanto, as outras pessoas com uma renda mensal devem pagar parte das contas da casa e dividir os gastos com supermercado, restaurantes e mais.
O problema é que muita gente tem dificuldades na hora de fazer os cálculos. Com isso, sempre surge aquela dúvida: “será que eu paguei o que é correto, mesmo?”. Para evitar essa situação, o ideal é ter uma conta compartilhada.
Essa é uma modalidade recente em que você gerencia todos os gastos por um app especializado. Uma pessoa faz a sua conta e pode chamar quantas pessoas quiser para participar desse grupo.
Cada indivíduo tem o seu saldo individual e pode utilizá-lo como quiser. Porém, também pode definir quanto cada um pagará em cada conta. Assim, se você for comprar uma janta, pode delimitar que você pagará 50% e o seu parceiro quitará o restante.
Vocês também podem usar a conta compartilhada para pagar a mensalidade da escola, inserir o dinheiro do lanche dos seus filhos e ensiná-los um pouquinho sobre gestão financeira, e até mesmo pagar as contas do mês.
Quando o pagamento for feito no app, basta escolher a conta compartilhada e o débito do dinheiro é automático. Tudo de acordo com o que você delimitou. Assim, fica muito mais fácil, concorda?
Além de ter um jeito muito mais fácil de dividir as contas, você também tem um controle bastante claro do seu dinheiro e de quanto ainda pode gastar. O resultado é um planejamento financeiro familiar mais eficiente e que trará bons resultados.
Então, que tal aproveitar e conhecer uma conta compartilhada? Acesse o site da Cumbuca, entenda como o app funciona e baixe agora!